terça-feira, 22 de maio de 2012

Espelho, Espelho Meu

  
 A mais nova moda de Hollywood é regravar clássicos fantásticos e HQ'S. Tanto que esse ano serão lançados dois filmes da Branca de Neve: Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror), e Branca de Neve e o Caçador (Snowhite and the Hunstman). Os filmes são diferentes entre si, já que um é focado na comédia e outro no drama.  A resenha de hoje (e a minha primeira no blog!) é de Espelho, Espelho Meu, que entrou em cartaz no começo do mês. 


Diretor: Tarsem Singh
            Escrito por Melisa Wallack e Jason Keller
            Músicas compostas por Alan Menken (compositor da maioria dos clássicos da Disney desde 1989)
            Com Lilly Collins (Sem Saída; Padre) , Julia Roberts (Comer, Rezar, Amar; O Sorriso de Monalisa) , Armie Hammer (os gêmeos em A Rede Social; J. Edgar) e Nathan Lane (Os Produtores;  O Rei Leão).
            Nesse filme, a história é recontada de um jeito cômico, reforçando a ideia de feminismo e determinação. A enviuvada Rainha Má (Julia Roberts) é uma diva em fase de envelhecimento, o que aumenta seu ciúme pela beleza e juventude de sua enteada Branca de Neve (Lilly Collins). Logo descobrimos que a Rainha está falida, gastando o dinheiro do reino em festas e luxúrias, e com a chegada do Príncipe Alcott (Armie Hammer), ela deslumbra um casamento que lhe tire dessa situação.
            O filme dirigido por Tarsem tem a influência dos contos infantis escritos pelos irmãos Grimm, e por isso é um filme feito para assistir com a família. O filme é bastante colorido: os vestidos da corte são de cores vibrantes, assim como toda a suíte da Rainha Má. Mas nas cenas em que estamos no reino ou na floresta, tudo se torna cinza e desbotado. Esse foi o jeito que o diretor achou para demonstrar as diferenças entre as classes. 



Os anões são totalmente diferentes dos do clássico da Disney. Foram renomeados Butcher, Grimm, Half-Pint, Napoleon, Wolf, Chuckles e Gru! Mas eles são a salvação de um filme enrolado, e os mais engraçados também.
            Bandidos em miniatura vivendo na floresta, eles sabem como lutar e ainda usando pernas de pau! Quando Branca de Neve consegue fugir do exílio que a Rainha a manteve pelos últimos 12 anos, são eles que a acolhem, ensinam esgrima e a encorajam a tomar o Reino de volta - em troca de faxina e cafés da manhã maravilhosos.


Collins está encantadora no papel de Branca de Neve (para a minha surpresa), com uma doçura genuína que é apropriada para esta adaptação, conseguindo misturar o lado gentil e lutador da personagem muito bem. Esse papel conseguiu tirar a má impressão que eu tinha dela depois de assistir Sem Saída.
             Nas cenas em que ela sai escondida para visitar o vilarejo miserável que existe perto do castelo, a emoção da Branca de Neve em rever o lugar onde anos atrás as pessoas dançavam e cantavam transformados pela pobreza, é tocante.
            Branca de Neve tem uma consciência moral de tudo ao seu redor, até mesmo quando está lutando com o Príncipe e ao ajudar os anões à serem aceitos de volta no pequeno vilarejo.

A química entre o casal principal não me deixou arrepiada como eu estava esperando. O casal é bonitinho e consegue tirar algumas emoções de quem assiste o filme, mas não espere um romance de tirar o fôlego. A única cena que me envolveu foi quando Branca de Neve beijou o Príncipe para tirá-lo de um dos feitiços da Rainha Má. Nem mesmo nas cenas finais deles conseguiram acordar meu espírito romântico. As cenas do Príncipe com a Rainha Má durante o filme foram mais empolgantes do que as do casal apaixonado.
            Falando em casamento, o ponto alto dele foi um musical no estilo Bollywood estrelado por Branca de Neve e os Sete Anões e a aparição de uma enrugada Rainha Má. O final até conseguiu me surpreender, graças à talentosa Julia Roberts. Mas a falta de originalidade apenas faz com que esse filme se perca no meio das adaptações já lançadas.





Por Bianca Figueiredo

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