sábado, 26 de maio de 2012

Lord Byron: um Ultra Romantista


Iniciando nossa viagem pelo mundo da literatura, vamos remeter ao século XIX, na era romântica, em um período puramente expressivo e apaixonante, o Romantismo. Não vou me deter no estilo literário, mas sim, em um escritor insigne da época e suas respectivas obras: Lord Byron. Pra quem curte poesia num estilo livre e todas as características da geração, Lord Byron faz jus aos príncipios; sua escrita é profunda e agradável, e sua vida, o mito de um verdadeiro boêmio.



Um poeta libertino com alma aventureira, humor vagabundo e espírito curioso, George Lord Byron, nascido no dia 22 de janeiro de 1788 em Londres, foi um dos principais escritores do Romantismo europeu. Sua vida dividiu-se na literatura, no luxo da corte e nos escândalos amorosos. Inspirou os jovens desolados do Mal do Século, servindo de poeta-modelo para os mesmos. Suas obras são caracterizadas pela melancolia, pelo sombrio e por personagens heróicos, voltados para uma era medieval; sua poesia aparenta um caráter autobiográfico, marcada pelos seus distúrbios comportamentais, com linguagem depressiva e pessimista, e aquele tom ultra romântico que viria a ser lei no movimento literário, regado por mancebos ébrios de desilusão e sofrimento.

''Sei que tudo é contra mim, poetas enraivecidos e preconceitos; mas quando uma poesia é poesia vence estes obstáculos; se não, merece o seu destino''. ( Byron, 1811)

Para ter uma ideia de sua poesia, eis algumas estrofes particularmente escolhidas do poema ''Adeus'':

"Visses nu meu peito, onde a fronte
Tu descansavas mansamente
E te tomava um calmo sono
Que perderás completamente:'' [...]

''Não te iludas contudo: o amor
Pode afundar-se devagar;
Porém não pode corações
Um golpe súbito apartar.

O teu retém a sua vida,
E o meu, também, bata sangrando;
E a eterna idéia que me aflige
É que nos vermos não tem quando.'' [...]


"Talvez conheças minhas faltas,
Minha loucura ninguém sabe;
Minha esperança, aonde tu vás,
Murcha, mas vai, que ela em ti cabe.

Abalou-se o que sinto; o orgulho,
Que o mundo não pôde curvar,
Curvou-se a ti: se a abandonaste,
Minha alma vejo-a a me deixar.

Tudo acabou - é vão falar -,
Mais vão ainda o que eu disser;
Mas forçam rumo os pensamentos
Que não podemos empecer.

Adeus! assim de ti afastado,
Cada laço estreito a perder,
O coração só e murcho e seco,
Mais que isto mal posso morrer."


É explícito o adeus à vida, à sua amada, para entregar-se a morte; fortes características da poesia de Byron e do próprio Ultra Romantismo.
Mas não só de poesia vive um poeta, né? Um poeta vive de palavras, ouso dizer... E prova disso são suas obras; eis alguns títulos famosos de Byron que valem a pena ser conferidos:

A peregrinação de Haroldo: poema em quatro cantos, que narra as viagens do cavaleiro Haroldo, abordando um estilo medieval.

Contos Orientais: é uma série de quatro contos, '' O Corsário'', ''O Jaurro'', ''Lara'' e '' A Noiva de Abido'', publicada entre 1813 e 1814.

Parisina: publicada em 1815, é uma novela em versos sobre uma triste história de amor e morte, que acontece durante o Renascimento italiano.

Manfredo: publicado em 1816, o poema dialogado, que não deixa de beirar um drama, conta a história de Manfredo pela busca do esquecimento. É cheio de encanto e fantasia, sem perder o desespero e o sofrer do protagonista; inspirou músicos como Schumam e Tchaikovski.

O Prisioneiro de Chillon: romance em versos, publicado em 1816, que conta a aspiração de um prisioneiro pela liberdade.

Caim: publicado em 1821, como o próprio nome nos lembra, a ação dramática em cinco atos foi inspirada em um conto bíblico.

Dom João: o longo canto é sem dúvida, um dos mais conhecidos de Byron, sendo considerado por alguns sua obra- prima. Depois da morte de D. José, pai de João, a história desvia a atenção para ele. O rapaz inicia uma peregrinação, e então, passa por diversas aventuras. O final da história, fica pra quem se interessar nela.




Por Daniara Ferri

terça-feira, 22 de maio de 2012

Espelho, Espelho Meu

  
 A mais nova moda de Hollywood é regravar clássicos fantásticos e HQ'S. Tanto que esse ano serão lançados dois filmes da Branca de Neve: Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror), e Branca de Neve e o Caçador (Snowhite and the Hunstman). Os filmes são diferentes entre si, já que um é focado na comédia e outro no drama.  A resenha de hoje (e a minha primeira no blog!) é de Espelho, Espelho Meu, que entrou em cartaz no começo do mês. 


Diretor: Tarsem Singh
            Escrito por Melisa Wallack e Jason Keller
            Músicas compostas por Alan Menken (compositor da maioria dos clássicos da Disney desde 1989)
            Com Lilly Collins (Sem Saída; Padre) , Julia Roberts (Comer, Rezar, Amar; O Sorriso de Monalisa) , Armie Hammer (os gêmeos em A Rede Social; J. Edgar) e Nathan Lane (Os Produtores;  O Rei Leão).
            Nesse filme, a história é recontada de um jeito cômico, reforçando a ideia de feminismo e determinação. A enviuvada Rainha Má (Julia Roberts) é uma diva em fase de envelhecimento, o que aumenta seu ciúme pela beleza e juventude de sua enteada Branca de Neve (Lilly Collins). Logo descobrimos que a Rainha está falida, gastando o dinheiro do reino em festas e luxúrias, e com a chegada do Príncipe Alcott (Armie Hammer), ela deslumbra um casamento que lhe tire dessa situação.
            O filme dirigido por Tarsem tem a influência dos contos infantis escritos pelos irmãos Grimm, e por isso é um filme feito para assistir com a família. O filme é bastante colorido: os vestidos da corte são de cores vibrantes, assim como toda a suíte da Rainha Má. Mas nas cenas em que estamos no reino ou na floresta, tudo se torna cinza e desbotado. Esse foi o jeito que o diretor achou para demonstrar as diferenças entre as classes. 



Os anões são totalmente diferentes dos do clássico da Disney. Foram renomeados Butcher, Grimm, Half-Pint, Napoleon, Wolf, Chuckles e Gru! Mas eles são a salvação de um filme enrolado, e os mais engraçados também.
            Bandidos em miniatura vivendo na floresta, eles sabem como lutar e ainda usando pernas de pau! Quando Branca de Neve consegue fugir do exílio que a Rainha a manteve pelos últimos 12 anos, são eles que a acolhem, ensinam esgrima e a encorajam a tomar o Reino de volta - em troca de faxina e cafés da manhã maravilhosos.


Collins está encantadora no papel de Branca de Neve (para a minha surpresa), com uma doçura genuína que é apropriada para esta adaptação, conseguindo misturar o lado gentil e lutador da personagem muito bem. Esse papel conseguiu tirar a má impressão que eu tinha dela depois de assistir Sem Saída.
             Nas cenas em que ela sai escondida para visitar o vilarejo miserável que existe perto do castelo, a emoção da Branca de Neve em rever o lugar onde anos atrás as pessoas dançavam e cantavam transformados pela pobreza, é tocante.
            Branca de Neve tem uma consciência moral de tudo ao seu redor, até mesmo quando está lutando com o Príncipe e ao ajudar os anões à serem aceitos de volta no pequeno vilarejo.

A química entre o casal principal não me deixou arrepiada como eu estava esperando. O casal é bonitinho e consegue tirar algumas emoções de quem assiste o filme, mas não espere um romance de tirar o fôlego. A única cena que me envolveu foi quando Branca de Neve beijou o Príncipe para tirá-lo de um dos feitiços da Rainha Má. Nem mesmo nas cenas finais deles conseguiram acordar meu espírito romântico. As cenas do Príncipe com a Rainha Má durante o filme foram mais empolgantes do que as do casal apaixonado.
            Falando em casamento, o ponto alto dele foi um musical no estilo Bollywood estrelado por Branca de Neve e os Sete Anões e a aparição de uma enrugada Rainha Má. O final até conseguiu me surpreender, graças à talentosa Julia Roberts. Mas a falta de originalidade apenas faz com que esse filme se perca no meio das adaptações já lançadas.





Por Bianca Figueiredo

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Indicação de Flickr: A edição incrível de Boy Wonder


De maravilha as fotos dele têm e muito! Joel, nome simples, parece até brasileiro, mas de facilidade suas edições passam longe! Nascido em Cranbrook, no Canadá, ele tem um talento que só no Photoshop - se fosse mais ''vivido'' em anos, suspeitaria até que fosse um dos criadores do programa. 
   Além de originais, suas fotos são cheias de vida. Algumas até parecem reais! Geralmente com uma pitada de magia e outra de surrealismo, elas têm cara de que vieram das famosas produções Hollywoodianas. Dá só uma olhada:

*Todas as fotos têm link pro Flickr










Se a sua reação foi: olhinhos brilhantes e uma babinha caindo no canto da boca, não se preocupe, tenho isso todas as vezes que ele atualiza sua galeria. Quem mexe com Photoshop sabe muito bem do que eu estou falando, porque editar uma foto dessas pode levar até horas. De todas as vezes que cacei talentos no Flickr digamos que esse foi um dos que mais me surpreendeu, me sinto até sortuda em tê-lo encontrado. De onde vem tanta criatividade e originalidade, me desculpe, mas eu ainda não sei te responder. 

Caso queira conferir mais um pouco das obras de arte dele é só clicar aqui!



Por Dariely Belke

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Jan Svankmajer: O rei do Stop-Motion


Gosta de curtas animados em Stop-Motion com aquele bom e velho extremismo crítico e sarcástico?! Então você precisa conhecer e apreciar o trabalho incrível do cineasta tcheco Jan Svankmajer!


  O cara é um gênio da crítica social exibicionista. Desde a sua juventude, Jan já demonstrava um talento nato no manuseio com fantoches; estudou na Escola de Artes aplicada em Praga e é casado com uma famosa pintora surrealista da República TchecaEva Svankmajerová. Eva foi a sua maior influência para o início de seus trabalhos em Stop-Motion.

  Cenários sombrios, alimentos e objetos ganhando vida e o legítimo "soco na face da cegueira", são características primordiais de seu trabalhos cinematográficos. Sua filmografia é composta por 20 curtas e 6 longa-metragens. Entre seus filmes mais famosos estão os clássicos "Fausto" e "Alice".

 Sua forma fílmica nos traz lembranças dos antigos filmes e curtas dirigidos por Tim Burton, porém, poucos sabem que Jan foi quem influenciou e inspirou cineastas renomados como Terry Gilliam e até mesmo o próprio Burton. Portanto, não há como falar de Stop-Motion com animações e mensagens geniais sem citar o real pioneiro do ramo. 

Para dar um gostinho do ótimo trabalho do cineasta Jan Svankmajer, selecionamos dois ótimos curta-metragens com doses exageradamente certas de crítica e indignação: 


Food (1992): O curta demonstra a fome exaltada e consumista por ganância e egoísmo tanto pela burguesia quanto pela prole. Com direito a café da manhã, almoço e jantar. Simplesmente sensacional a ideia e intenção do cineasta tcheco.


Jogos Viris (1988): Uma crítica voraz e sarcástica ao velho e cômodo hábito do telespectador de jogos de futebol. Deixo a interpretação e a definição dos pontos de vista tirados desse intrigante curta com vocês.





Por Luca gebara

terça-feira, 8 de maio de 2012

Os Vingadores (2012)

   
     Essa é a minha primeira review aqui no site! E vai ser sobre o filme que estreou dia 27/04. Os Vingadores. Foi o primeiro filme da Marvel lançado depois que a produtora foi comprada pela Walt Disney Pictures, e para vocês entenderem o quão incrível é o filme, aqui vai: U$200 MILHÕES na primeira semana, apenas nos EUA. 

Diretor: Joss Whedon (criador da série Buffy - Caçadora de Vampiros)
Roteiristas: Joss Whedon e Zak Penn (trilogia X-Men)
Músicas compostas por: Alan Silvestri (De Volta Para o Futuro I; Capitão América)
Elenco:
Tom Hiddleston (Loki Laufeyson)
Robert Downey Jr.
(Tony Startk/Homem de Ferro)
Chris Evans (Steve Rogers/Capitão América)
Chris Hemsworth (Thor Odinson)
Mark Ruffalo (Bruce Banner/Hulk)
Scarlett Johansson (Natasha Romanoff/Viúva Negra)
Jeremy Renner (Clint Barton/Hawkeye)
Samuel L. Jackson (Nick Fury)
Clark Gregg (Agent Phil Coulson)
Cobie Smulders (Agent Maria Hill)

N.A.: Usarei apenas os nomes dos personagens na review, se ficar perdido, é só olhar no Elenco.

            Se você não assistiu Homem de Ferro (I e II), O Incrível Hulk e Capitão América - O Primeiro Vingador, assim como minha irmã querida que foi arrastada ao cinema numa terça-feira de noite, se sentirá um pouco perdido nas histórias secundárias dos personagens. Mas não vá assistir Os Vingadores sem assistir Thor. Você não entenderá nada. A história e motivos que levam o vilão (e meu personagem favorito) Loki a roubar o Tesseract e dominar a Terra são explicados nesse filme.

            Quando foi anunciado em 2005 (três anos antes do primeiro Homem de Ferro estreiar), o filme Os Vingadores seria o encontro dos principais heróis da Marvel, fazendo parte do "Marvel Cinematic Universe" - um universo ficcional compartilhado por filmes independentes produzidos pela Marvel Studios. Nos Vingadores da HQ (The Avengers: Earth's Mightiest Heroes) existem mais membros oficiais, mas que nunca viram a luz do sol no cinema, então foram descartados. Todos os filmes dos heróis que participam da versão cinematográfica foram estrategicamente lançados em ordem, contando a história do começo dos Os Vingadores


Tom Hiddleston como vilão Loki

            Uma das características mais impressionantes nos quadrinhos de super-heróis é a interligação entre as histórias. Um fato ocorrido pode repercutir trazendo consequências inesperadas para personagens que sequer têm relação direta com a origem, criando um universo ao mesmo tempo grandioso e assustador, pela necessidade de conhecer cada uma de suas pontas de forma a compreendê-lo como um todo. A tarefa criada pela Marvel é ousada: recriar este mesmo universo, com deixas propositais espalhadas em diversos filmes de forma que, futuramente, façam sentido na história como um todo. Os Vingadores é o grande ápice deste planejamento.

            Vamos lá, a história principal do filme é bem simples: Loki retorna à Terra enviado por Thanos e seu exécito chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba o Tesseract (fonte de energia inesgotável) dentro de uma das instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire grandes poderes. Loki o usa para controlar o dr. Erik Selvig e Hawkeye, que passam a trabalhar para ele.

             No intuito de contê-lo, Nick Fury convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark, Steve Rogers, Thor, Dr. Bruce Banner e Natasha Romanoff. Só que, apesar do grande perigo que a Terra corre, não é tão simples assim conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo.


Viúva Negra, Thor, Capitão América, Hawkeye, Homem de Ferro e Hulk

            Minha opinião? Só não digo que já é o melhor filme do ano, porque ainda tenho que assistir o último da trilogia do Batman! Fui com expectativas altíssimas e ainda assim o filme conseguiu superá-las! Mark Rufallo foi a escolha perfeita para o papel de Banner/Hulk e não sei se consigo imaginar outro ator o fazendo depois dele. Robert Downey Jr. nem precisou atuar no filme, já que ele é o Tony Stark! E eu poderia fazer uma review apenas sobre a atuação do Tom Hiddleston como Loki. Todo o filme te prende de um jeito muito surpreendente, é impossível desviar os olhos! 

            Fiquei com medo de piscar e perder um pequeno detalhe. Por exemplo, quando Tony Stark e Bruce Banner estão debatendo a S.H.I.E.L.D. entre um vidro/touch-screen, na última cena entre eles, antes do Steve Rogers entrar: ao invés de aparecer o reflexo do Bruce, aparece o do Hulk! Foram essas pequenas coisas que acrescentaram ainda mais ao filme!

           As lutas foram as melhores partes pelo simples fato de que todo mundo lutou com todo mundo, e não foram aleatórias: sempre havia um (bom) motivo para que elas acontecessem e em nenhum momento elas desviaram a atenção da história principal! Os relacionamentos entre Thor x Loki, Clint x Natasha e Tony x Bruce foram muito bem aproveitados e colocaram um ar mais humano aos personagens. 


Steve Rogers, Tony Stark e Loki


            Juro que tentei deixar essa review com menos spoilers possíveis, já que o filme tem que ser saboreado espontaneamente. Não procurei nada sobre o filme antes de assistí-lo. Então, se você não assistiu, faça um favor a si mesmo e não leia o meu Top 3 Melhores Lutas. Se você já assistiu, continue até depois desse still maravilhoso do Hulk!
            

         Para terminar, fiz um Top 3 Melhores Lutas do Filme:

                                    3°. Thor x Homem de Ferro e Capitão América       
                                    2°. Viúva Negra x Hawkeye   
                                    1°. Loki x Thor

            A do Loki x Thor pode até não ter sido a mais destrutiva, mas todos os 'bro feelings' envolvidos me mataram do coração.

Nota Final: 9.7 de 10.0              


      
Por: Bianca Figueiredo      

sábado, 5 de maio de 2012

Betty Blue - Vermelho e Azul


Na década de 80, o cinema francês enredava para o clima de paixões escaldantes; sol, mar, insanidade na posse... E nesse mesmo clima efervescente surge o lançamento do filme “Betty Blue”.
    O que você faria se na calmaria do seu rotineiro e monótono trabalho, surgisse na tua vida o oposto do que te destinava? Essa pergunta foi feita por Zorg (Jean Hudhes Anglade), personagem principal, que também narra a tórrida história. Betty (Béatrice Dalle) trazia na sua beleza “agridoce’’ e inquietante, uma instabilidade emocional que acabaria se tornando um pesadelo na vida de Zorg, no momento que desse conta que o amor pode não superar tudo.



O filme se baseia em todos os devaneios de Betty, que quando chega na vida de Zorg, transparece o azul e enfervece com o vermelho os dias do homem, que antes pensava apenas em pintar bangalôs na praia, e no tempo vago, escrever. A relação dos dois era uma química e física super presentes, mas quando estavam em contato corpo a corpo. Diálogo era imprevisível com Betty.


O chefe de Zorg se irrita com o romance dos dois, e acaba pedindo que Zorg pinte inúmeros bangalôs para que Betty permaneça morando com ele. Cansada da prisão desse “ castigo”, das brigas constantes, e buscando por dias melhores com o seu amado, Betty incendeia o bangalô em que vivem.
    Passado o episódio do incêndio, o casal decide partir para Paris trabalhar como garçons no restaurante de um amigo, com a famosa ideia de “tentar uma vida nova, sossegada e constituir uma família’’. As coisas poderiam ter ido muito bem, se não fosse o excesso de impulsividade e busca por atenção que Betty possuía e desejava. Betty encontra os manuscritos que Zorg guardava, inconformada com a ideia de que seu companheiro poderia estar numa condição favorável pela sua escrita, Betty datilografa e manda publicações para vários editores da cidade e a maioria despreza.



A mãe de Zorg morre, fazendo com que os dois ( Betty e Zorg) se mudem e cuidem da loja de pianos da falecida mãe. É alí que Betty passa a transformar os seus defeitos em insanidade, tornando a nova casa, como palco para esses desequilíbrios cada vez mais fortes.

    Você que aqui se “atenta” aos detalhes que são relatados pelo filme, tenha a garantia que o final de todo esse drama, não será contado. HAHA. Diversas as pessoas leigas que vão classificar o filme como: Pornografia, sem nexo, “ a protagonista era uma retardada’’ enfim.. posso afirmar que o que não falta é várias cenas picantes e explícitas, porém, simbólicas. 


Por: Camila Teixeira



quarta-feira, 2 de maio de 2012

Câmeras voadoras


Para início de conversa achei que ficaria meio clichê demais começar os posts de fotografia falando de técnicas, como ela surgiu, ou de seus mestres. Que tal quebrar todas as regras da fotografia e colocar a sua câmera para o ar? Sim, deixe seu xodó criar asas e voar, literalmente. Essa técnica existe e se chama “câmera toss”. Trata-se de ligar o timer, atirar a sua câmera para cima e rezar para que ela não se espatife no chão. Uma técnica simples, que não exige uma câmera profissional (eu diria que muito mais da sua coragem). Além de ser divertido, poucos fazem e o resultado vai de abstrato a psicodélico. 

*Para ver cada foto no Flickr é só clicar:

 














Fazendo minhas experiências aqui em casa, aconselho ligar o timer e quando sua câmera estiver perto de disparar (uns dois segundos) jogue ela para cima. Para os que têm modelos que vão de semi a profissionais, sugiro velocidade lenta e menor abertura do diafragma (número maior, por exemplo f/5.6). [Vamos falar melhor desse assunto em outro post]. Bem, passando por isso se a sua belezura chegar intacta às suas mãos: parabéns! Você foi corajoso o suficiente para quebrar todas as regras da fotografia e conseguir uma foto totalmente inovadora. Ah, mais uma coisinha: como muitos fotógrafos já perderam seus equipamentos realizando essa técnica, aconselhamos você a praticar com outros objetos antes de sair arremessando sua câmera aos passarinhos ou até fazer no seu quarto em cima da cama mesmo.


Aos que têm Flickr, os malucos têm até um grupo lá.  



Por: Dariely Belke